sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Biblioteca: Livros que me fazem pensar diferente.


O club do livro do fim da vida, de Will Schwalbe.

O que você está lendo?”. Esta é a pergunta que Will Schwalbe faz para a mãe, Mary Anne, na sala de espera do instituto do câncer Memorial Sloan-Kettering. Em 2007, ela retornou de uma viagem de ajuda humanitária ao Paquistão e ao Afeganistão doente. Meses depois, foi diagnosticada com um tipo avançado de câncer no pâncreas. Toda semana, durante dois anos, Will acompanha a mãe às sessões de quimioterapia. Nesses encontros, conversam um pouco sobre tudo, de coisas triviais como o café da máquina ao que, para eles, realmente importa: a vida e os livros que estão lendo. A lista vai do clássico ao popular, da poesia ao mistério, do fantástico ao espiritual. Eles compartilham suas esperanças e preocupações através dos livros prediletos. As conversas tornam-se um momento de profunda confiança e intimidade. Mãe e filho se redescobrem, falam de fé e coragem, de família e gratidão, além de serem constantemente lembrados do poder que os livros têm de nos reconfortar, surpreender, ensinar e dizer o que precisamos fazer com nossas vidas e com mundo. 

Admito que me surpreendeu, já que tenho uma veia dramática. Will faz uma narrativa real e surpreendente sobre a vida de sua mãe com câncer e seus últimos dias. Esse livro me toca não apenas pela pessoa maravilhosa que foi Mary Anne, mas pelo jeito que a fé esteve presente durante todo o tratamento. O jeito que os dois interpretam as histórias que leem, eles tem uma visão, invejável diga-se de passagem, do mundo. Quem dera um dia pensar assim e ajudar metade das pessoas que Anne ajudou nos campos de refugiados.

A caminho da sepultura, de Jeaniene Frost. (Série Night Huntress #01)

A meia-vampira Catherine Crawfield está indo atrás dos mortos-vivos como uma vingança, esperando que um destes sem batimentos cardíacos seja seu pai- o responsável por arruinar a vida de sua mãe. Então ela é capturada por Bones, um caçador de vampiros, e é forçada a uma profana parceria. Em troca de encontrar seu pai, Cat concorda treinar com o sexy caçador da noite até que seus reflexos de batalha estejam tão afiados quanto as suas presas. Ela está espantada que ela não terminou como o seu jantar- há realmente bons vampiros? Rapidamente Bones a terá convencida de que ser meio-morto não tem que ser de todo ruim. Mas antes que ela possa aproveitar seu novo status de caçadora chutadora de traseiros de demônios, Cat e Bones são perseguidos por um grupo de assassinos. Agora, Cat terá que escolher um lado... e Bones está se tornando tão tentador quanto qualquer homem com um batimento cardíaco.

Vampiros, clicherizado? NÃO. Jeaniene me surpreendeu demais com a narrativa criativa e engraçada. Admito que depois de VA, os livros de vamps estavam bem caidinhos, mas o jogo mudou quando conheci Cat e Bones. Ela, engraçada, destemida e muito teeeeimosa, e ele, o vampiro mestre, britânico e sarcástico que só. Uma relação pra nunca se entendiar com personagens secundário pra não botar defeito. O que realmente me abala é a confiança da Cat e a mente brilhante do Bones que não poupam esforços pra proteger quem eles amam. E as piadas são ótimas. Cat me faz acreditar a cada livro que posso fazer qualquer coisa se tiver confiança e um pouco de apoio, além de ser altruísta e não ter medo de fazer sacrifícios pelo que acredito.

Comer, rezar, amar, de Elizabeth Gilbert.

Quando completou 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo que uma mulher americana moderna, bem-educada e ambiciosa deveria querer um marido, uma casa de campo, uma carreira de sucesso. Mas não se sentia feliz: acabou pedindo divórcio e caindo em depressão. "Comer, Rezar, Amar" é o relato da autora sobre o ano que passou viajando ao redor do mundo em busca de sua recuperação pessoal.

Eu acredito fielmente que estive na Itália, na Índia e na Indonésia depois de ler as aventuras da Liz pra encontrar ela mesma e aprender a dar voz aos seus desejos. Acho que foi aqui que brotou em mim esse fascino pela la bella Itália. A força que ela encontra dentro de si pra lutar contra seus medos é arrasadora. Acho engraçado a facilidade que ela tem de fazer amigos e deixar sua marca por onde vai, tentando entender tudo e todos.






Feita de fumaça e osso, de Laini Taylor #01.

Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu.Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo. E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo.O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho. Um romance moderno e arrebatador, em que batalhas épicas e um amor proibido unem-se na esperança de um mundo refeito.

Não tenho palavras pra descrever esse livro. Diálogos bem estruturados, Praga como plano de fundo, uma história de amor nunca vista ou escrita antes, um enredo que meu deus. E o Akiva, ah querido, menos palavras ainda pra te descrever. Nunca ouvi ninguém dizer que não gostou, o mistério que a vida de Karou e o fado que Akiva carrega sozinho por anos te deixam estupefato e frustado ao mesmo tempo. Nunca esperei por um final como nessa série. Esse livro me faz pensar diferente pelo fato de que Karou não sabe nada sobre si mesma e aceita e faz o melhor que pode com a vida que leva e que Akiva, mesmo tendo visto e sentido horrores inimagináveis, continua lutando por um mundo melhor.

**Deixando claro que não são resenhas, são só opiniões preguiçosas. 

Um comentário:

  1. Olá!
    Eu nunca havia parado para ler nada a respeito de "O clube do livro do fim da vida" e fiquei maravilhada com a sua indicação. Vai pra listinha agora mesmo, rs.
    Night Huntress é amor né?!

    Beijos,
    Mi
    http://inteiramentediva.blogspot.com.br/

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